sexta-feira, 28 de março de 2014

'Meu Pedacinho de Chão' levará universo lúdico para as 18h

Elenco de 'Meu Pedacinho de Chão' apresentou a nova trama das 18h Foto: Anderson Borde  / AgNews
Um mundo encantador, com universo rural, mas lúdico e onde predomina a atmosfera da infância vai invadir as telinhas a partir de 7 de abril, quando estreia Meu Pedacinho de Chão, nova novela das 18h, da TV Globo. A trama é escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luiz Fernando Carvalho, num "repeteco" da parceria de novelas como O Rei do Gado (1996) e Renascer (1993).
O elenco tem atores como Antônio Fagundes, Osmar Prado, Juliana Paes, Rodrigo Lombardi e Bruna Linzmeyer. Entre os estreantes em novelas estão Cinthia Dicker, Bruno Fagundes, Irandhir Santos, Johnny Massoro e Gabriel Sater (filho do violeiro Almir Sater). Flávio Bauraqui, Emiliano Queiroz, Ricardo Blat, Inês Peixoto, Paula Barbosa, Dani Ornellas e Teuda Bara também estão no elenco.

A história, escrita em 1971 e exibida na época pela TV Globo e pela TV Cultura, se passa na Vila de Santa Fé, por meio da visão das crianças Serelepe (Tomás Sampaio) e Pituca (Geytsa Garcia), que protagonizam a trama. Ela mostra a rivalidade entre o retrógrado Coronel Epa (interpretado por Osmar Prado), que luta contra o progresso, e Pedro Falcão (Rodrigo Lombardi), entusiasta do desenvolvimento. Os dois brigam e se tornam rivais quando Falcão compra um pedaço de chão do coronel e doa para a construção da venda de Giácomo (Antônio Fagundes), a primeira escolinha da região e uma capela, cuidada pelo Padre Santo (interpretado por Emiliano Queiroz). Pai da menina Pituquinha, Epa também não consegue esquecer a derrota eleitoral no pleito municipal imposta por Falcão, que conseguiu eleger seu protegido e parceiro político, o Prefeito das Antas (Ricardo Blat). 

Epa é apaixonado pela mulher, Madame Catarina (Juliana Paes), mas vive às turras com ela, que é progressista. É na fazenda do coronel Epa que vive o menino Serelepe, que é pobre, não tem pai nem mãe e vira amigo de Pituquinha.
Segundo Benedito Ruy Barbosa, não se trata de um remake. Ele lembra que quando escreveu pela primeira vez Meu Pedacinho de Chão, teve que incluir assuntos a pedido das secretarias de Saúde, Educação e Agricultura do estado de Sâo Paulo, pois o governo do estado deu verba para a realização da novela. Ele teve que falar, por exemplo, dos benefícios do milho híbrido e da importância de vacinar as crianças.

Barbosa afirmou que na década de 1970 a novela teve um grande sucesso, tanto na TV Cultura quanto na TV Globo, onde era exibida quatro vezes por dia. "Hoje a novela ainda traz dentro de si não a preocupação didática, mas também educativa, sem ser chata", afirmou Barbosa.
O autor disse que está tranquilo pois já escreveu todos os 105 capítulos.

Para o diretor, a novela é um cruzamento de gêneros. "Tem cowboy, tem drama, tem tragédia. Isso se torna mais fácil de ser construído quando é um trabalho de 100 episódios. É uma aposta da empresa em um formato novo, cem episódios, com essa liberdade criativa", disse Carvalho.
O diretor relativizou a sua preocupação com audiência. "A preocupação com audiência eu sempre tenho, em algum canto. Mas se eu for pensar nisso, eu não gravo. Eu penso mais no Benedito. Você nunca sabe", afirmou Carvalho.
"A audiência é problema da emissora, não nosso", disse Barbosa.
O cenário da novela é um capítulo à parte. Para trazer o universo fantástico, uma cidade de "brinquedo" foi montada, com casas de lata, árvores cobertas de crochê colorido e animais mecânicos, para dar a ideia de carrossel. O cenógrafo Keller Veiga fez a cidade cenográfica em um terreno de cerca de 7 mil metros quadrados, com 28 construções, entre elas, uma igreja, o comércio, as casas dos personagens e a estação de trem.  
As roupas coloniais dos personagens tentam trazer o aspecto lúdico e mágico, usando como referência o final do século XVIII e o século XIX. Thanara Schönardie, que assina o figurino, foi a feiras de antiguidades e brechós de Londres e mesclou rendas e cartolas com materiais modernos como vinil, borracha e plástico e itens inusitados como bolinhas de ping-pong, toalha de mesa de plástico e cortinas de banheiro. Vários atores tiveram que pintar o cabelo, como Antônio Fagundes, que tingiu o cabelo de preto, e Bruna Linzmeyer, que aparecerá de cachos rosas como a professora Juliana. Outros usaram perucas, como Osmar Prado e Juliana Paes.

A trilha sonora da novela foi pensada para transpor para a música todo o lirismo que a trama propõe. O maestro, compositor e arranjador Tim Rescala compôs 28 músicas sinfônicas inéditas, gravadas pela Orquestra Sinfônica Heliópolis e pelo Coral da Gente. Rescala também criou novos arranjos para canções populares como Chuá Chuá, que todos do elenco cantarão em cena. Filho do violeiro Almir Sater, Gabriel Sater, que interpreta Viramundo, tocará viola em cena e Inês Peixoto (que interpreta Dona Tê), tocará acordeon. Mais de dez músicas da banda americana DeVotchka serão usadas como base da trilha sonora. O grupo ganhou mais visibilidade em 2006 com a trilha do filme A Pequena Miss Sunshine e mistura indie com folk.

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