Com a classificação de Real Madrid, Chelsea, Atlético de
Madrid e do atual campeão Bayern de Munique para as semifinais, a Liga dos
Campeões promete jogos espetaculares para decidir a vaga na grande decisão. A
final acontece no dia 24 de maio, no Estádio da Luz, em Lisboa.
As partidas de ida das semifinais estão marcadas para os
dias 22 e 23 de abril e a volta nos dias 29 e 30. O sorteio desses confrontos
será realizado nesta sexta-feira, na sede da Uefa, em Nyon, na Suíça.
Campeão alemão com incríveis sete rodadas de antecedência, o
time comandado pelo técnico espanhol Josep Guardiola é o grande favorito ao
bicampeonato. Desde 1992, quando a competição passou a se chamar Liga dos
Campeões e a adotar o formato com fase de grupos, nenhum clube conseguiu defender
seu título. Na versão antiga, a Copa dos Campeões, o último bicampeão foi o
Milan (1989-1990). O Bayern foi tricampeão em 1974,1975 e 1976. O time bávaro
chegou às semifinais pela quarta vez em cinco anos, mas não se mostrou tão
arrasador quanto de costume nas quartas de final. Contra uma valente equipe do
Manchester United, empatou em 1 a 1 em Old Trafford, e venceu de virada por 3 a
1 em Munique. Mais uma vez, o Bayern de Guardiola mostrou que depende muito da
dupla 'Robbery', formada pelos meias Franck Ribéry e pelo holandês Arjen
Robben, que foram decisivos contra os 'Red Devils'. Depois de encarar os
irregulares Arsenal e United no mata-mata, o time terá que elevar seu nível de
jogo contra equipes muito mais fortes.
Real Madrid: galáticos dependentes do astro CR7
O Real não é o mesmo quando joga sem Cristiano Ronaldo. Isso
ficou muito claro em Dortmund, onde CR7, lesionado, assistiu do banco ao
tremendo sufoco que os 'Merengues' passaram diante do Borussia. O time espanhol
tinha vencido por 3 a 0 no primeiro jogo, no Santiago Bernabéu, mas foi
derrotado por 2 a 0 na Alemanha, garantindo a classificação graças a uma grande
atuação do goleiro Iker Casillas. O astro português tem um enorme peso no jogo
madrilenho e contagia os companheiros de equipe com seu talento e sua garra. Os
'Merengues' começaram 2014 de forma arrasadora, mas sofreram um grande baque
com a derrota por 4 a 3 em casa no clássico com o Barça, em março, perdendo a
liderança do Campeonato Espanhol. Desde então, os comandados do italiano Carlo
Ancelotti mostraram uma certa fragilidade e precisam ter o melhor jogador do
mundo em grande forma para sonhar com 'La Décima', o décimo título europeu,
obsessão do clube desde 2002.
Chelsea: a magia de Mourinho para romper a sina
O melhor momento para enfrentar uma equipe comandada por
José Mourinho num confronto de mata-mata é a semifinal. Nas oito vezes em que
disputou quartas de final de competições europeias, o português nunca foi
eliminado. Mas em sete semifinais ficou cinco vezes pelo caminho. Em
contrapartida, quando chegou à decisão, teve 100% de aproveitamento,
conquistando o título com o Porto em 2004 e com a Inter de Milão em 2010.
Contra o Paris Saint-Germain, os 'Blues' mostraram que são capazes de reverter
situações complicadas ao vencer por 2 a 0 em Stamford Bridge depois de perder
por 3 a 1 no Parque dos Príncipes. E 'Mou' mostrou que tem estrela ao mexer
muito bem na equipe. Os autores dos dois gols da partida de volta, o alemão
Andre Schurrle e o senegalês Demba Ba, começaram no banco e entraram na hora
certa para decidir o confronto. A única preocupação é a lesão na panturrilha
sofrida pelo belga Eden Hazard, mas os meias brasileiros Oscar e Willian
mostraram que podem dar conta do recado. O clube londrino também terá que
conciliar a competição continental com a briga acirrada pelo título do
Campeonato Inglês.
Atlético de Madrid: a garra que acaba com qualquer
favoritismo
Até onde pode chegar o Atlético? "Esta equipe não tem
limite e vamos continuar fazendo as pessoas sonhar", disse emocionado
Koké, autor do gol da vitória por 1 a 0 sobre o Barcelona que classificou os
'Colchoneros' depois do empate em 1 a 1 no Camp Nou. Com o triunfo, os
madrilenhos chegaram à sua primeira semifinal na competição em 40 anos e
impediram os catalães de alcançar esta altura da competição pela sétima vez
seguida. A classificação foi mais do que merecida e alcançada com muita garra.
A constelação de estrelas do Barça ficou sem brilho diante da marcação
agressiva dos atleticanos. Messi foi totalmente anulado nas duas partidas e
Neymar até que tentou, marcando um gol no jogo de ida, e jogando bem na volta,
mas os comandados do técnico argentino Diego Simeone acabaram levando a melhor.
O que mais impressiona é que o Atlético conseguiu esta façanha sem poder contar
com seu melhor jogador, o brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa, artilheiro
do time na temporada, que estava lesionado.
Band.uol
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