O ambiente do Palmeiras não chega a ser de crise, mas o pessimismo
pelas últimas atuações dentro e fora do gramado domina as alamedas
alviverdes. Poucos enxergam uma solução para que o time volte à rota de
vitórias e nem mesmo na hora de apontar o culpado pelos problemas os
palmeirenses conseguem chegar à unanimidade. Paulo Nobre, Gilson Kleina e
José Carlos Brunoro são os mais "votados".
Do lado mais fraco
da corda, neste caso, está Kleina. O treinador tem sido duramente
criticado por torcedores nas redes sociais, nos estádios e também já
perdeu o apoio da maior parte de conselheiros. As fracas atuações do
time mesmo após cerca de 20 dias de treinamento jogam contra o seu
trabalho.
Na última quarta-feira, ele teve seu nome bastante
citado no COF (Conselho de Orientação e Fiscalização). O que o ainda
mantém com certo prestígio no comando é a vontade de Paulo Nobre. O
presidente palmeirense ainda aposta no sucesso de Kleina, especialmente
por vê-lo com apoio entre os jogadores.
Outro que é bastante
questionado é José Carlos Brunoro. Com salário na casa dos R$ 120 mil, o
diretor-executivo não tem conseguido o sucesso que o consagrou na época
de Parmalat. Mustafá Contursi, líder do conselho e voz muito ouvida por
Nobre, é notoriamente o que mais trabalha pela sua demissão.
Ele tem ganhado adeptos com o passar do tempo e com os fracos resultados
colecionados no futebol. O time não tem um lateral direito, não fez a
reposição à altura após a saída de Henrique, não tem um patrocinador
máster e outros pequenos problemas que acabaram ficando escondidos com
outra novela: a saída de Alan Kardec para o São Paulo.
É este
caso que fez Paulo Nobre perder apoio considerável. O presidente viu seu
diretor fechar um acordo com o artilheiro da temporada e preferiu
barganhar por mais desconto. Ele admitiu a postura em coletiva e disse
que, sim, vetou o acordo entre Brunoro e o estafe do jogador. "Vou
defender cada real do Palmeiras", disse Nobre.
A atitude é o
maior reflexo do que tem sido revertido em críticas pesadas a Nobre: seu
estilo ditatorial de governar. Apesar de ter contratado profissionais
para ajudá-lo a tomar decisões, ele nunca dá o braço a torcer e quer
sempre ter a palavra final, relatam pessoas que trabalham no clube.
Nesta quarta-feira, o Palmeiras tenta esquecer os problemas. O time
enfrenta o Sampaio Corrêa, no Maranhão, pela 2ª fase da Copa do Brasil.
Uma vitória é como obrigação. Um tropeço é mais um ingrediente para
aumentar a pressão.
uol
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