Vinte anos depois da morte de Antônio Carlos, o Mussum, o
"Fantástico" reuniu familiares e amigos para falar da história do
comediante e relembrou cenas, bordões, piadas e alguns dos melhores
momentos enquanto fez parte do grupo "Os Trapalhões". Ao explicar a
trajetória de Mussum, o "Fantástico" citou ainda o racha ocorrido entre
os integrantes do extinto humorístico da Globo.
Participaram da
reportagem a viúva Neila Bernardes, o filho Sandro Bernardes, Renato
Aragão, Dedé Santana, a cantora Elza Soares, e o diretor Maurício
Sherman.
Aragão revelou que a sugestão de colocar um negro nos
"Trapalhões" foi feita por Dedé Santana, mas negou que as piadas
direcionadas a Mussum durante os episódios tivessem uma conotação
racista. "Entendiam apenas como uma brincadeira, uma caricatura",
explicou. "Os 'Trapalhões' eram a cara do Brasil: um nordestino, o galã
da periferia, o pequenininho que não cresceu e um malandro do morro, que
bebia, mas não dava mau exemplo", acrescentou em seguida.
Sobre
a divisão do grupo na década de 80, Dedé Santana foi econômico nas
palavras e resumiu. "A confusão não foi entre nós. Aconteceu de empresa
para empresa. Nós íamos fazer um filme e ele [o Renato] ia fazer outro",
minimizou.
Questionado, Renato Aragão disse apenas que "não
gosta de falar muito no assunto porque foi um ano muito difícil para nós
quatro".
Segundo o "Fantástico", Renato, Dedé, Antônio Carlos e
Mauro Faccio, o Zacarias, voltaram a atuar na TV nove meses depois, mas
"nunca mais foram os mesmos". "E Antônio Carlos já não era a mesma
pessoa de antes. Ele ouvia jazz, fumava charutos importados e tomava
whisky", disse a reportagem.
Antônio Carlos faleceu em 29 de
julho de 1994 em decorrência de problemas no coração. "Os Trapalhões"
ficaram no ar por 18 anos, entre março de 1977 e agosto de 1995.
UOL
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