O deputado estadual e candidato à reeleição, José Dias (PSD) não poupou críticas ao “candidato adversário do chapão” – denominação dada pelo parlamentar ao líder do PMDB e candidato ao Governo do Estado, Henrique Eduardo Alves. Dias afirmou em entrevista ao programa Repórter 98, da 98FM, que o adversário oferece todo tipo de proteção aos interessados em apoiá-lo, até proteção jurídica.
“O adversário oferece todo tipo de proteção pra quem se unir a ele. Até problema na Justiça, e eu já vi declarar isso em microfone. Resolve qualquer problema na Justiça, qualquer problema que você tenha. Nem preciso dizer o nome dele, o povo já identifica, essas coisas não são mais segredos”, disparou o parlamentar.
Zé Dias não parou por aí, o deputado que defende a eleição do candidato Robinson Faria (PSD) ao Governo do Rio Grande do Norte, disse que o acordão, unindo 18 legendas e todos os ex-governadores do Estado em um mesmo palanque, contraria os conceitos “sadios” da política.
“A primeira coisa que tem que ter é coerência. Uma chapa denominada ‘acordão’ que compõe todos os políticos que já dominaram o Rio Grande do Norte, dizer que vai mudar? O que é conceito de mudança? Pra mim, mudança é quebrar uma estrutura. Mas como você vai mudar se você traz todo o passado? Colocar todo o passado para ser o futuro é impossível. Você ter todos os ex-governadores vivos no palanque, ex-senadores, não tem filho de governador que não esteja nesse palanque também, isso é tudo o que o RN já teve. E dizem que vão mudar? Vão reciclá-los? Nunca ouvi falar de reciclar cérebro, ser humano, eu nunca vi isso”, declarou.
O parlamentar também alfinetou o discurso do adversário quando diz que é contra o radicalismo, e que não se deve olhar para trás.
“O que eu to impressionado é com o medo de radicalismo, se você houve o candidato do ‘acordão’, das três ou quatro palavras que ele diz estão ‘radicalismo e união’. União dele mesmo, não é? E evitar radicalismo é porque eles tem medo de mostrar o que um já disse sobre o outro. Mostrar o que eles já disseram de dona Wilma, ou o que ela já disse do PMDB. Essa é a diferença da nossa chapa, nunca houve essa guerra entre Fátima e Robinson, já foram adversários mas nunca foram atores de intrigas e não são responsáveis pelo que aconteceu no Estado”, lembrou ele.
O deputado também criticou o palanque do adversário, no que diz respeito, aos candidatos à Presidência, ressaltando falta de ética quando o candidato do PMDB cita vantagens em ser aliado dos três principais candidatos.
“Essa é outra vantagem da nossa chapa, temos ética, e acho que política tem que ter ética, só temos um candidato à Presidência. O depoimento de Henrique é que quem votar nele tem a vantagem dele ser aliado de Dilma, e ele continuaria mandando. Se Aécio Neves ganhar, ele também vai mandar, porque é amigo do tucano e o senador José Agripino (DEM) é o coordenador da campanha. Se ganhar Eduardo Campos (PSB), ele também manda porque Wilma (candidata ao Senado) está ao lado dele. Eu nunca vi isso na minha vida. Uma declaração tão estapafúrdia. Ele só esqueceu que governador não manda em Brasília, ele pede. Com tanto prestígio como Presidente da Câmara, ele não resolveu, se você analisar os projetos aprovados só saíram com recursos do PAC e para Copa”, criticou.
José Dias foi entrevistado na noite desta quinta-feira (24), na 98FM, pelos jornalistas Felinto Rodrigues e Robson Carvalho.
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