sábado, 3 de janeiro de 2015

Com o fim do IPI, preços devem subir 4,5%

A alíquota dos modelos 1.0, que era de 3%, sobe para 7% - Chevrolet/Divulgação

A partir de 1º de janeiro de 2015, as montadoras voltaram a pagar a alíquota cheia do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que ficou reduzida de maio de 2012 até o último dia de 2014. Com isso, o governo espera arrecadar até R$ 5 bilhões a mais em 2015 na comparação com o ano passado.

A indústria deve repassar o aumento do imposto para os preços, mas oficialmente a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirma que a decisão é individual - cada empresa vai definir quanto do aumento IPI repassará aos preços finais dos veículos.

A alíquota dos modelos 1.0, que era de 3%, subiu para 7%. Para aqueles com motor entre 1.0 e 2.0, a alta foi de 9% para 11%. Nessa faixa e para carros com motores de maior capacidade volumétrica, o imposto subiu de 10% para 13% para veículos com motores somente a gasolina.

Esta foi uma das últimas decisões tomadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se desligou do cargo após 8 anos e 9 meses no comando da economia. Mantega manteve reuniões com a Anfavea entre outubro e novembro para negociar a recomposição do IPI a partir de janeiro. O ministro afirmou nos encontros, segundo relatos de empresários ao 'Estado', que "um aumento do imposto era inexorável, viria com ou sem ele".

O objetivo de Mantega era "preparar" o setor para a elevação, de forma a estimular as montadoras a realizarem promoções no mês de dezembro. As empresas entenderam o recado e praticamente todas as companhias lançaram campanhas publicitárias para aumentar as vendas no mês passado.

A Anfavea avalia que os preços dos veículos podem subir, em média, 4,5%. De acordo com fontes do governo, os empresários afirmaram em reuniões técnicas que os preços baixos podem ser sustentados ainda ao longo de janeiro, de forma a desovar estoques acumulados. Os aumentos de preços devem começar somente entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.

A nova equipe econômica, que será encabeçada por Joaquim Levy na Fazenda e Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento, é totalmente favorável à elevação do IPI para a indústria automobilística. O imposto continuará baixo, no entanto, para os fabricantes de eletrodomésticos da linha branca e para os materiais de construção.

estadão


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