terça-feira, 15 de setembro de 2015

“JESUS TAMBÉM ERA MUITO POPULAR E TERMINOU COMO TERMINOU”, DIZ PAPA

20150915085617133046iAFP – O papa Francisco reconheceu, em entrevista a uma emissora portuguesa, que toda popularidade tem seu preço e recordou que “Jesus também em um momento foi muito popular e depois terminou como terminou”.
“Eu, muitas vezes, me pergunto como será minha cruz, como é minha cruz. Porque as cruzes existem. Não se veem, mas existem”, assegurou Francisco em uma entrevista que concedeu à vaticanista veterana da emissora portuguesa Renascenza, Aura Miguel.
“E Jesus também em um momento era muito popular e depois terminou como terminou, não? Ou seja, ninguém tem comprada a felicidade mundana”, comentou o papa argentino. “O Senhor cuidará de mim como cuidou de Pedro. Mas Pedro morreu crucificado, então não sei como terminarei. Que ele decida. Enquanto me der a paz, que faça o que quiser”, completou.
Na entrevista em espanhol, na qual abordou diversos temas, o papa argentino comentou assuntos mais pessoais. Destacou, falando da crise humanitária na Europa devido aos refugiados, que também é filho de emigrante na Argentina, nação que não caiu na xenofobia e soube acolher os emigrantes procedentes de diversos países europeus.
“Vemos estes refugiados, esta gente pobre, que foge da guerra, que foge da fome, mas essa é a ponta do iceberg. Mas debaixo disto está a causa, e a causa é um sistema econômico ruim e injusto”, afirmou.
Ao se referir à sua vida no Vaticano, às duas saídas recentes que fez, como participar de uma missa matutina na basílica de São Pedro e visitar um oculista do centro de Roma para consertar seus óculos, Francisco confessou que precisa sair. “Eu preciso sair, mas contudo (…) não é a hora”, comentou. “O contato com as pessoas tenho às quartas-feiras, e isso me ajuda muito, sabe?”, completou.
“A única coisa que sinto falta de Buenos Aires é ‘bater perna’, andar pelas ruas”, admitiu. “E o que te tira o sono?”, perguntou Miguel. “Posso dizer a verdade? Eu durmo como uma pedra”, afirmou.

O Potiguar

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