O patrocínio da Caixa ao Corinthians não será renovado. O clube concluiu, após estudos sobre valor de marca, que a quantia oferecida pelo banco, de R$ 30 milhões anuais, era inferior à que as propriedades valem. Corintianos queriam mais que R$ 40 milhões por ano para renovar. Dirigentes e executivos se reuniram na quarta-feira (24) e, sem acordo, definiram como será o desfecho da parceria.
O clube vai oficializar nesta quinta (25), com nota oficial, o término das negociações. O texto vai ressaltar o bom relacionamento entre as partes durante todo o patrocínio. Funcionários corintianos retiram os logotipos do banco de placas, camisa e plataformas digitais desde a meia-noite. A camisa levou a marca no peito e nas costas pela última vez na partida contra o São Bento na noite de quarta. A reformulação também vai incluir mudanças estruturais – todas as contas bancárias do clube, que eram no banco, serão alteradas.
O Corinthians tem na mesa duas propostas de patrocínio – uma estrangeira, outra, brasileira – e espera anunciar um substituto para a cota máster nas próximas semanas. A meta é que este acordo, somado aos já assinados, faça com que a camisa alvinegra renda mais de R$ 60 milhões anuais. A TIM renovou contrato por mais do que o dobro dos R$ 2,5 milhões que pagava anualmente pelo interior do número. A Winner Play paga em torno de R$ 7 milhões por ano para ocupar os ombros. E a Special Dog aparece nos calções.
O patrocínio da Caixa ao Corinthians foi anunciado em novembro de 2012, ainda na gestão de Mário Gobbi, e começou a valer em dezembro daquele ano, mês em que o clube disputou e venceu o Mundial de Clubes da Fifa. Na época, o valor era o maior do futebol brasileiro. O acordo foi renovado mais duas vezes, em fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015, a última delas na transição da presidência para Roberto de Andrade, sem nenhum reajuste.
A Caixa tem investidos R$ 83 milhões em dez patrocínios a clubes para 2016 e R$ 15,6 milhões em três competições: Copa Verde, Copa do Nordeste e Campeonato Brasileiro feminino. O banco ainda negocia com o Vasco a renovação do acordo que até 2015 lhe custava R$ 15 milhões – a empresa quer reduzir o valor, mas o clube, não.
Patrocínios da Caixa a clubes de futebol
Flamengo – R$ 25 milhões;
Atlético-MG – R$ 12,5 milhões;
Cruzeiro – R$ 12,5 milhões;
Atlético-PR – R$ 6 milhões;
Coritiba – R$ 6 milhões;
Sport – R$ 6 milhões;
Vitória – R$ 6 milhões;
Chapecoense – R$ 4 milhões;
Figueirense – R$ 4 milhões;
CRB – R$ 1 milhão.
EPOCA GLOBO
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