O advogado de Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo, morto há um mês, vai entrar com pedido de separação do seu cliente com Graciele Ugulini, madrasta da criança. Eles têm uma união estável, e com isso será solicitada uma dissolução. Leandro também deseja abrir mão dos bens do filho em favor da avó materna, mãe de sua ex-esposa, morta há quatro anos. A ideia é fazer com que a madrasta, Graciele, fique sem direito a qualquer valor na separação, já que admitiu ter assassinado o enteado. Segundo o advogado Jader Marques, Leandro fez os pedidos neste final de semana. O advogado relata que o pai do garoto se mostrou com muita convicção das solicitações após saber que a madrasta confessou o crime.
O pai de Bernardo quer lutar pela guarda da filha, de um ano e meio, que teve com Graciele. De acordo com Jader Marques, a situação anterior de abandono afetivo com Bernardo pode atrapalhar na obtenção da guarda. O pai reconhece que trabalhava demais, mas nega que tenha deixado o filho desamparado.
Entenda o caso
Bernardo foi encontrado morto no último dia 14 de abril no município de Frederico Westphalen, a 80 quilômetros de Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul. Ele estava enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen. Uma amiga de Graciele Ugolini, Edelvânia Wirganovicz, confessou para a polícia que ajudou a matar e enterrar o garoto junto com a madrasta de Bernardo, que teria planejado o crime. A polícia também acredita que o pai, Leandro Boldrini, esteja envolvido. Os três estão presos temporariamente. Estima-se que cerca de 80% do inquérito policial já foi concluído.
No dia 19 de Abril, a Justiça retirou dos pais a guarda da meia-irmã de Bernardo. A menina está sob os cuidados de uma tia, irmã de Graciele.
uol
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