Um "menino de ouro", que não se envolvia em brigas, se importava com a
família e era "apaixonado pela vida e pelo seu time de coração". Assim é
descrito o metalúrgico e torcedor do Sport-PE Paulo Ricardo Gomes da
Silva, 26, morto na última sexta-feira na saída do estádio Arruda, em
Recife, após ser atingido por um vaso sanitário que foi atirado na rua
de dentro da arena.
De acordo com seu amigo e vizinho Marcelo
Alpoim, 42, Paulo Ricardo era conhecido pelos amigos como Tranquilidade.
"Ele tinha esse apelido por causa da sua personalidade. Estava sempre
tranquilo, alegre, brincando com as pessoas", conta Marcelo, que
conhecia Paulo Ricardo desde o nascimento do torcedor do Sport.
Segundo ele, Paulo Ricardo era membro da Torcida Jovem, do Sport, mas não se envolvia em brigas e confusões. "Ele gostava de acompanhar o clube, ia aos jogos do Sport na Bahia, no Ceará, mas nunca se envolvia em confusões".
Marcelo afirma que o torcedor morto participava de ações sociais promovidas pela torcida organizada. "Gostava muito de ajudar", diz. De fato, na página que Paulo Ricardo mantinha no Facebook, há fotos suas participando de ações da Torcida Jovem de distribuição de alimentos e brinquedos a populações carentes.
Já para a profissional autônoma Cristiane Cardoso, 44, amiga da mãe e da família do torcedor, o hábito de Paulo Ricardo de ir a estádios era cultivado em família. "Eu conheço o Paulo desde que ele estava no ventre da mãe. Ia ao estádio com os tios, não se metia em confusão. Acabava o jogo e vinha para casa, era muito família. A mãe dele está sem chão".
Na última sexta-feira, Paulo Ricardo estava assistindo, no estádio Arruda, a um jogo entre Santa Cruz e Paraná Clube. Ele não torcia para nenhum dos dois times, mas frequentava os jogos do Paraná quando o time jogava no Recife porque a Torcida Jovem do Sport, da qual era membro, tem laços de amizade com a uniformizada Fúria Independente, do Paraná Clube.
Em nota oficial, a torcida pernambucana explica o tema: "A prática do apoio e da boa receptividade entre torcidas aliadas ou amigas de estados diferentes é comum desde o surgimento de campeonatos nacionais. Nasceu como uma forma de ajuda mútua. Foi nesse intuito que nosso componente Paulo Ricardo foi ao Arruda acompanhar um jogo do Paraná Clube, um time diferente do seu time do coração, que é o Sport. Ele estava ali para retribuir a boa recepção que a Torcida Fúria Independente do Paraná faz quando o Sport joga em Curitiba.
Na mesma nota, a Torcida Jovem afirma que a morte de Paulo Ricardo é "uma tragédia anunciada". "Infelizmente, ao sair do estádio, o nosso guerreiro foi vítima de uma tragédia anunciada... não foi a primeira vez que vasos sanitários e extintores foram arremessados das arquibancadas do Arruda em direção as torcidas visitantes. É preciso acabar com a impunidade e criar políticas sérias de controle das Torcidas Organizadas, acreditem: a grande maioria dos componentes são do bem. A proibição parece o caminho mais fácil, mas é uma cilada. Com essas medidas proibitivas se perde ainda mais o controle."
Os Bons Morrem Jovens
A prática do apoio e da boa receptividade entre torcidas aliadas ou amigas de estados diferentes é comum desde o surgimento de campeonatos nacionais. Nasceu como uma forma de ajuda mútua. Foi nesse intuito que nosso componente Paulo Ricardo foi ontem ao Arruda acompanhar um jogo do Paraná Clube, um time diferente do seu time do coração, que é o Sport. Ele estava ali para retribuir a boa recepção que a Torcida Fúria Independente do Paraná faz quando o Sport joga em Curitiba.
Infelizmente, ao sair do estádio, o nosso guerreiro foi vítima de uma tragédia anunciada... não foi a primeira vez que vasos sanitários e extintores foram arremessados das arquibancadas do Arruda em direção as torcidas visitantes. É preciso acabar com a impunidade e criar políticas sérias de controle das Torcidas Organizadas, acreditem: a grande maioria dos componentes são do bem. A proibição parece o caminho mais fácil, mas é uma cilada. Com essas medidas proibitivas se perde ainda mais o controle.
Se ontem tivéssemos um policiamento especializado em Torcida Organizada isso poderia ter sido evitado. Se tivéssemos um controle melhor por parte do clube quanto ao acesso e segurança do patrimônio isso poderia ter sido evitado. O nosso componente Paulo Ricardo era um bom filho, um bom amigo, um jovem trabalhador do Estaleiro de Suape, um surfista talentoso, um torcedor apaixonado pelo Sport que levava na pele a tatuagem do escudo do clube. Um dedicado integrante (e um dos fotógrafos) da Torcida Jovem do Sport e acima de tudo um cidadão.
Renato Russo já nos dizia da estranheza dos bons morrerem jovens. E mais uma vez tiraram a vida de um jovem muito querido. Quem conviveu tem ideia da perda inestimável desse nosso componente. Esperamos todo empenho das autoridades para que todos responsáveis sejam penalizados, desde os covardes que atiraram o vaso sanitário, a todos que foram negligentes e criaram condições para ocorrer essa tragédia com mais uma família.
Que Deus possa confortar a família, que são as pessoas que mais sofrem nesse momento. Nunca vamos esquecer esse dia triste. Estamos de Luto!
Segundo ele, Paulo Ricardo era membro da Torcida Jovem, do Sport, mas não se envolvia em brigas e confusões. "Ele gostava de acompanhar o clube, ia aos jogos do Sport na Bahia, no Ceará, mas nunca se envolvia em confusões".
Marcelo afirma que o torcedor morto participava de ações sociais promovidas pela torcida organizada. "Gostava muito de ajudar", diz. De fato, na página que Paulo Ricardo mantinha no Facebook, há fotos suas participando de ações da Torcida Jovem de distribuição de alimentos e brinquedos a populações carentes.
Já para a profissional autônoma Cristiane Cardoso, 44, amiga da mãe e da família do torcedor, o hábito de Paulo Ricardo de ir a estádios era cultivado em família. "Eu conheço o Paulo desde que ele estava no ventre da mãe. Ia ao estádio com os tios, não se metia em confusão. Acabava o jogo e vinha para casa, era muito família. A mãe dele está sem chão".
Na última sexta-feira, Paulo Ricardo estava assistindo, no estádio Arruda, a um jogo entre Santa Cruz e Paraná Clube. Ele não torcia para nenhum dos dois times, mas frequentava os jogos do Paraná quando o time jogava no Recife porque a Torcida Jovem do Sport, da qual era membro, tem laços de amizade com a uniformizada Fúria Independente, do Paraná Clube.
Em nota oficial, a torcida pernambucana explica o tema: "A prática do apoio e da boa receptividade entre torcidas aliadas ou amigas de estados diferentes é comum desde o surgimento de campeonatos nacionais. Nasceu como uma forma de ajuda mútua. Foi nesse intuito que nosso componente Paulo Ricardo foi ao Arruda acompanhar um jogo do Paraná Clube, um time diferente do seu time do coração, que é o Sport. Ele estava ali para retribuir a boa recepção que a Torcida Fúria Independente do Paraná faz quando o Sport joga em Curitiba.
Na mesma nota, a Torcida Jovem afirma que a morte de Paulo Ricardo é "uma tragédia anunciada". "Infelizmente, ao sair do estádio, o nosso guerreiro foi vítima de uma tragédia anunciada... não foi a primeira vez que vasos sanitários e extintores foram arremessados das arquibancadas do Arruda em direção as torcidas visitantes. É preciso acabar com a impunidade e criar políticas sérias de controle das Torcidas Organizadas, acreditem: a grande maioria dos componentes são do bem. A proibição parece o caminho mais fácil, mas é uma cilada. Com essas medidas proibitivas se perde ainda mais o controle."
O enterro de Paulo Ricardo acontece neste domingo, às 10h, no cemitério
Santo Amaro, em Recife. Leia, abaixo, a íntegra da nota oficial da
Torcida Jovem do Sport.
Os Bons Morrem Jovens
A prática do apoio e da boa receptividade entre torcidas aliadas ou amigas de estados diferentes é comum desde o surgimento de campeonatos nacionais. Nasceu como uma forma de ajuda mútua. Foi nesse intuito que nosso componente Paulo Ricardo foi ontem ao Arruda acompanhar um jogo do Paraná Clube, um time diferente do seu time do coração, que é o Sport. Ele estava ali para retribuir a boa recepção que a Torcida Fúria Independente do Paraná faz quando o Sport joga em Curitiba.
Infelizmente, ao sair do estádio, o nosso guerreiro foi vítima de uma tragédia anunciada... não foi a primeira vez que vasos sanitários e extintores foram arremessados das arquibancadas do Arruda em direção as torcidas visitantes. É preciso acabar com a impunidade e criar políticas sérias de controle das Torcidas Organizadas, acreditem: a grande maioria dos componentes são do bem. A proibição parece o caminho mais fácil, mas é uma cilada. Com essas medidas proibitivas se perde ainda mais o controle.
Se ontem tivéssemos um policiamento especializado em Torcida Organizada isso poderia ter sido evitado. Se tivéssemos um controle melhor por parte do clube quanto ao acesso e segurança do patrimônio isso poderia ter sido evitado. O nosso componente Paulo Ricardo era um bom filho, um bom amigo, um jovem trabalhador do Estaleiro de Suape, um surfista talentoso, um torcedor apaixonado pelo Sport que levava na pele a tatuagem do escudo do clube. Um dedicado integrante (e um dos fotógrafos) da Torcida Jovem do Sport e acima de tudo um cidadão.
Renato Russo já nos dizia da estranheza dos bons morrerem jovens. E mais uma vez tiraram a vida de um jovem muito querido. Quem conviveu tem ideia da perda inestimável desse nosso componente. Esperamos todo empenho das autoridades para que todos responsáveis sejam penalizados, desde os covardes que atiraram o vaso sanitário, a todos que foram negligentes e criaram condições para ocorrer essa tragédia com mais uma família.
Que Deus possa confortar a família, que são as pessoas que mais sofrem nesse momento. Nunca vamos esquecer esse dia triste. Estamos de Luto!
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