quarta-feira, 16 de julho de 2014

CBF pensa em treinador brasileiro que está no exterior e anuncia coordenador técnico na quinta


Presidente da CBF, José Maria Marin vai anunciar o novo coordenador técnico na quinta e quer definir o treinador até dia 25
Foto: Agência O Globo / Michel Filho/7-6-2014

Não será o substituto de Luiz Felipe Scolari, mas o de Carlos Alberto Parreira que a CBF vai anunciar na entrevista coletiva de quinta-feira, na sede da entidade, na Barra da Tijuca. Enquanto os ecos da derrota humilhante na semifinal da Copa do Mundo, os 7 a 1 para a Alemanha, ainda são sentidos, a confederação sonda nomes para assumir o comando do time. No entanto, a reforma começará pelo cargo de coordenador técnico, que também ficou vago após o Mundial. Para a vaga de técnico, a CBF trabalha com a hipótese de contratar um brasileiro que esteja em atividade no exterior. O nome será anunciado até o dia 25 de julho.
Dessa forma, o escolhido teria tempo de se preparar para a primeira convocação, no fim de agosto, para os dois próximos amistosos, marcados para os dias 5 e 9 de setembro, contra Colômbia e Equador, respectivamente.
Enquanto isso, o jornal “El Mercurio”, do Chile, divulgou ontem que o chileno Manuel Pellegrini, técnico do Manchester City, da Inglaterra, teria recusado um convite para assumir a seleção. Segundo o diário, o treinador não teria sequer aceitado ouvir valores. Aparentemente, no entanto, a ideia de um técnico estrangeiro deixou de estar entre as prioridades.
O certo é que a reformulação atingirá praticamente toda a comissão técnica da seleção brasileira. Na quarta-feira, foram anunciadas as saídas de José Luiz Runco, que chefiava o departamento médico, e de Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF. Paiva sofreu intenso desgaste após se envolver num tumulto no intervalo do jogo contra o Chile, no Mineirão, pelas oitavas de final da Copa. Acusado de ter dado um soco no atacante chileno Pinilla, foi suspenso pela Fifa por quatro partidas. O encontro entre Felipão e um grupo de jornalistas, na Granja Comary durante o Mundial, também teria desagradado ao comando da CBF. A entidade entende que Paiva foi responsável por promover a reunião. Runco, por sua vez, não tinha vínculo trabalhista com a CBF. Ele não era funcionário da entidade e era convocado a prestar serviço durante jogos e torneios específicos.

PARREIRA NÃO VÊ NOVIDADES
Enquanto a CBF junta os cacos e tenta redesenhar o comando da seleção brasileira, a goleada que selou o destino do time no Mundial ainda é alvo de tentativas de explicações. Na quarta-feira o ex-coordenador técnico Carlos Alberto Parreira deu opinião diferente da que foi manifestada por Felipão após a Copa. O treinador afirmara que o Brasil enfrentou adversários melhores do que a comissão técnica imaginava. Parreira, por sua vez, disse não ter visto novidades durante o torneio.
— O que Argentina e Alemanha trouxeram de novo? Nenhuma seleção trouxe inovações — disse ele, em entrevista ao canal “ESPN Brasil”.
Parreira apontou deficiências na formação do jogador brasileiro como uma das causas do mau momento da seleção. No entanto, ele eximiu a CBF de responsabilidade:
— A CBF não tem obrigação de formar jogadores.
Parreira também disse não ser favorável à contratação de um técnico estrangeiro.
— Não há necessidade. Um técnico estrangeiro não deu certo na Inglaterra, na Rússia. Imagine um técnico europeu chegando e aqui tendo um dia para trabalhar e enfrentar a Colômbia. Daqui a dois meses enfrenta a Argentina, na China. Se em seis jogos ele perde três, já vão começar a questionar o trabalho — disse Parreira. — O cara vai sofrer muito.
Já a psicóloga Regina Brandão, que trabalhou com os jogadores da seleção durante a Copa, disse, em entrevista à “TV Cultura”, que o fato de o time não encontrar seu melhor futebol foi responsável por minar a confiança do elenco:
— A equipe não conseguiu acertar o jogo e isso reduziu a autoconfiança. Eles tinham qualidades muito importantes, mas não a experiência para situações de muita cobrança.

PANORAMA DOS TÉCNICOS

No exterior. Cuca é o treinador mais famoso em atividade fora do Brasil. Atualmente, ele está no comando do Shandong Luneng, da China. Outros técnicos empregados no exterior têm menos peso, como Toninho Cerezo, que está no Kashima Antlers, do Japão, mas não consta na lista de candidatos.

Disponíveis. A lista de treinadores sem emprego tem nomes como Tite, Vanderlei Luxemburgo e Paulo Autuori.


O GLOBO

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