É quase impossível escapar: pelo menos 90% da população mundial já teve algum episódio de dor de cabeça na vida. Mas nem sempre o chefe, as contas ou o trânsito são os culpados. O modo de pentear os cabelos, a ingestão de alimentos gelados e até sexo podem ser gatilhos para a cefaleia.
— Na maioria das vezes, as pessoas buscam atendimento achando que têm enxaqueca, porque não sabem que há mais de 200 tipos de dor de cabeça — diz a neurologista Carla Jevoux, do Centro de Avaliação e Tratamento da Dor de Cabeça do Rio de Janeiro.
As cefaleias são classificadas em primárias, quando se apresentam como sintoma e doença ao mesmo tempo, ou secundárias, quando surgem em decorrência de outros problemas, como gripes, sinusites, sangramentos cerebrais ou tumores. Segundo o neurologista Abouch Krymchantowski, os tipos mais comuns de dor de cabeça são a tensional e a enxaqueca. As demais variantes são mais raras e, por isso, menos estudadas, o que dificulta o conhecimento de mecanismos que levam ao problema.
— A cefaleia tensional está ligada ao estresse e aparece geralmente à noite. É uma dor leve ou média. Já a enxaqueca é uma doença genética do cérebro — explica o médico.
Outra dor de cabeça relativamente comum é a causada por abuso de analgésicos. De acordo com o neurologista Marcelo Ciciarelli, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia, tomar mais de dois comprimidos por semana já é considerado exagero, o que pode aumentar a frequência e a intensidade das crises.
EXTRA GLOBO
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