quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Presidentes de Flamengo e Fluminense nega, envolvimento em suposto suborno no caso Héverton


Os presidentes do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e do Fluminense, Peter Siemsen, negaram qualquer envolvimento no suposto caso de pagamento de propina a dirigentes da Portuguesa, que teria, segundo suspeita do Ministério Público de São Paulo, escalado irregularmente, de propósito, o jogador Héverton na partida contra o Grêmio, no Brasileiro de 2013. O episódio acabou custando à Lusa o rebaixamento para a Série B de 2014 e livrado da queda o tricolor carioca, que terminou o campeonato na zona de rebaixamento, e o rubro-negro carioca, que também foi punido com a perda de quatro pontos devido à escalação do lateral André Santos contra o Cruzeiro, e cairia no lugar do Flu. Bandeira de Mello argumenta ser temporalmente impossível o Flamengo ter qualquer relação com o caso, já que, segundo ele, um suposto suborno à Lusa teria ocorrido antes de o time da Gávea cometer sua infração.
— Não existe essa possibilidade. Esse argumento é definitivo. Ele (Héverton) concentrou-se para o jogo na sexta-feira, participou do apronto no dia antes da partida. Há documentação disso. Portanto, antes de o Flamengo colocar o André Santos em campo, que viria a ser considerado em situação irregular no entendimento do STJD, no jogo contra o Cruzeiro, no sábado à noite. Se o jogador da Portuguesa tivesse sido chamado às pressas para se concentrar, até poderia levantar alguma suspeita — disse o presidente.

Bandeira de Mello disse que o clube está à disposição do Ministério Público de São Paulo, caso seja procurado. Para ele, resolver essa situação é de interesse do Flamengo, que tem tido seu nome envolvido no caso.
— Se nos procurar, vamos colaborar. É do nosso maior interesse que tudo seja esclarecido. Para nós e para a credibilidade do futebol brasileiro — disse ele, que espera não ter havido o suborno. — Pelo bem do futebol, que isso não seja verdade. Se for, vai ser lamentável.
O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, também isentou seu clube de participação no caso e defendeu a apuração até o fim.
— O segundo maior prejudicado foi o Fluminense, em termos de imagem. Fomos atacados injustamente. Na rodada anterior, o Fluminense precisava de uma combinação de resultados, envolvia Coritiba, Vasco. Imagina ter que fazer um acordo com vários clubes. É uma coisa sem pé nem cabeça em relação ao Fluminense. Estávamos preparados para jogar a segunda divisão — disse o dirigente tricolor, isentando também a patrocinadora do clube de qualquer envolvimento no episódio.

ENTENDA O CASO
Segundo reportagem publicada pelo "Estado de S.Paulo", o Ministério Público paulista tem indícios de que dirigentes da Portuguesa receberam dinheiro para escalar irregularmente o jogador Héverton. Não há, porém, comprovação, e os procuradores investigam se de fato houve corrupção. E se, em caso afirmativo, ela partiu de dentro da Lusa ou de fora.
Além do Flamengo, o Fluminense foi parte interessada no caso, já que teria sido ele o rebaixado caso Portuguesa e o clube rubro-negro não tivessem recebido suas punições. Tanto no julgamento de Héverton quanto no de André Santos, o advogado do clube tricolor, Mário Bittencourt, ajudou a reforçar no STJD a tese da culpa de Portuguesa e Flamengo. Com a perda dos pontos dos dois, o Fluminense livrou-se do rebaixamento. Passou do 17º lugar para o 15º, à frente do Flamengo (16ª posição) e da Portuguesa (17ª), rebaixada.

oglobo

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