A escassez de água criou uma oportunidade para uma empresa do litoral de São Paulo, que investiu na produção de água potável a partir do mar.
A matéria-prima parece não ter fim. A água do mar é retirada a cinco quilômetros da costa, a 30 metros de profundidade.
Em uma fábrica, em Bertioga, no litoral de São Paulo, a água passa por três processos até ser transformada em potável. O primeiro serve para eliminar as impurezas, em seguida, a água passa por duas máquinas que retiram o sal e com as três etapas concluídas, o líquido fica pronto para beber.
“Ele tem por volta de 100 miligramas de sais por litro, uma concentração que o corpo absorve de maneira saudável”, explica o empresário Silvio Paixão.
Foram quatro anos de pesquisas até chegar a essa fórmula, mas para ser vendida no Brasil, a água mineral dessalinizada ainda precisa de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Enquanto isso, os empresários miram no mercado externo. Em abril, o primeiro lote vai ser exportado para a Alemanha.
“A gente conseguiu viabilizar a exportação do produto em um mercado consumidor altamente exigente, em que nós atendemos a demanda em termos de regulamentação e controle fitossanitário”, conta o empresário Silvio Paixão
A água dessalinizada ainda custa o dobro da água mineral tradicional, mas o custo é reduzido com uma produção em grande escala.
“A gente tem que começar a se preocupar com essa questão da água. Dados da ONU mostram que até 2050, 45% da população mundial não terá acesso à água potável”, alerta a pesquisadora Lúcia Abel Awad.
HORA 1
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