sábado, 10 de outubro de 2015

Reajuste da gasolina fica em 5,1%

Reajustes da gasolina e do diesel chegaram às bombas após a Petrobras anunciar alta nas refinarias

Pouco mais de uma semana após o reajuste de preços anunciado pela Petrobras, os consumidores, no Rio Grande do Norte estão pagando 5,1% a mais pelo litro da gasolina e 4,17% a mais pelo óleo diesel. O valor do etanol também subiu: 2,71%. Os percentuais consideram os preços médios dos combustíveis e foram calculados a partir de levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que compreende o período de 04 a 10 deste mês em comparação à semana anterior.

No caso da gasolina, o aumento ficou pouco abaixo do que a Petrobras anunciou para as refinarias, de 6%. O preço médio do combustível subiu 5,1%, de R$ 3,34 para R$ 3,51, R$ 0,17 a mais. O levantamento foi feito em 49 postos de combustíveis.
O óleo diesel, que subiu 4% nas refinarias, aumentou 4,17% para o consumidor – passando de R$ 2,779 para R$ 2,895. Foram consultados 42 postos.

Mesmo sem aumento oficial anunciado, o etanol também embarcou na onda de reajustes e subiu 2,71% nos postos, de R$ 2,655 para R$ 2,727. Foram pesquisados 44 postos.






Petrobras
O reajuste para a gasolina e o etanol nas refinarias – que acabou elevando o preço nos postos – foi anunciado pela Petrobras em 29 de setembro e entrou em vigor no dia seguinte. A decisão foi tomada pela diretoria da empresa após reunião em que a pauta principal foi a frágil situação financeira da estatal, agravada pelo efeito da depreciação cambial. 

O reajuste é também uma tentativa de sinalizar ao mercado que a companhia possui autonomia para definir sua política de preços. Analistas não esperavam um aumento neste ano, apesar da fragilidade da companhia. A avaliação é que o cenário político instável, a baixa popularidade do governo e a crise econômica retardariam a decisão. 

Nacionalmente, o consumidor assistiu a um aumento médio de 5,11% nas bombas, segundo levantamento de preços realizado semanalmente pela ANP. 

Em entrevista coletiva nesta semana, a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, afirmou que cada 1% de aumento da gasolina na bomba impacta em 0,04 ponto porcentual o IPCA, índice oficial de inflação. Por essa lógica, e caso a elevação se mantenha neste patamar até o fim do mês, o IPCA de outubro já teria um impacto de 0,20 ponto contratado.

A pesquisa da ANP mostra que o preço médio do litro da gasolina nas bombas saiu de R$ 3,287 na semana de 27 de setembro a 03 de outubro para R$ 3,455 na semana de 04 a 10 de outubro (referência). Foram consultados 3.277 postos em todo o País. O menor avanço ocorreu na região Sudeste (4,70%, ou R$ 0,15), enquanto o mais intenso foi verificado no Norte (5,66%, ou R$ 0 20). Consultores do setor afirmaram que o repasse seria percebido com mais força pelo consumidor à medida que os estoques fossem renovados.

No caso do diesel, o repasse também foi quase integral. O reajuste de 4% praticado pela Petrobras nas refinarias se traduziu em um aumento de 3,80% nas bombas, no Brasil – abaixo do verificado no RN. O preço médio do litro do diesel nas bombas saiu de R$ 2,812 na semana de 27 de setembro a 03 de outubro para R$ 2,919 na semana de 04 a 10 de outubro (referência). Foram consultados 1.989 postos em todo o País.

O peso do diesel no IPCA é pequeno, de apenas 0,15%. Por isso, o impacto é muito próximo de zero. Eulina explicou na última quarta-feira, 7, porém, que o reflexo indireto é grande, principalmente porque o combustível é o mais usado para fretes.

Saiba mais
O reajuste da gasolina e do diesel não será o único impacto sobre a inflação de outubro. Os preços do etanol avançaram 8,98%, no país, no período investigado pela ANP. O preço médio do litro do etanol nas bombas saiu de R$ 2,116 na semana de 27 de setembro a 03 de outubro para R$ 2,306 na semana de 04 a 10 de outubro (referência). Foram consultados 3.008 postos em todo o País. O item pesa sozinho 0,8% do índice. Segundo, porque a gasolina comercializada pelos postos de combustíveis contém 25% de etanol em sua composição. "A demanda por etanol tem aumentado por conta do preço da gasolina. Além disso, os produtores têm tido problema na colheita (de cana-de-açúcar). Então, o preço do etanol aumentou. Provavelmente, além do reajuste de gasolina, os pontos de distribuição devem levar em contra esse aumento", disse Eulina.

Campanha quer estimular uso de GNV
Quem usa Gás Natural Veicular (GNV) também não escapou do aumento. O preço sobe há quatro semanas seguidas no Rio Grande do Norte e, na comparação com a semana passada, registra alta de 1,66%.  Apesar do momento de encarecimento, a Companhia Potiguar de Gás (Potigás), distribuidora do combustível no estado, defende o GNV “como uma vantagem econômica para os motoristas, gerando até 52% de economia em relação a outros combustíveis” e lançou uma nova campanha para estimular a adesão dos consumidores ao combustível.

“Ao abastecer R$ 25,00 de GNV o motorista de um carro 1.0 consegue percorrer cerca de 137 km, enquanto que com a gasolina percorrerá em torno de 71 km, praticamente o dobro da distância”, argumenta.

Ontem, a Companhia anunciou o lançamento da segunda edição da Campanha Tô no Gás, de incentivo à conversão dos veículos ao Gás Natural Veicular. O lançamento oficial ocorrerá durante a Festa do Boi, que começa hoje e vai até 18 de outubro, no Parque Aristófanes Fernandes em Parnamirim. 

“A campanha oferece um bônus de conversão (para uso do GNV) equivalente a até 500m³ de gás para utilizar à vontade, gerando em torno de 7.500 km de rodagem”, diz a Potigás. 

Para participar, os proprietários de veículos devem procurar uma oficina instaladora cadastrada na campanha e realizar a instalação do kit GNV de 5ª Geração. Somente oficinas credenciadas pelo Inmetro podem fazer a instalação do kit de conversão. Estas oficinas fornecem o Certificado de Homologação de Montagem do kit, atestando que todas as normas técnicas estabelecidas pela ABNT foram cumpridas e que o veículo pode ser legalizado junto ao departamento de trânsito local.

De acordo com levantamento da ANP, o preço médio do metro cúbico entre 13/09/2015 e 19/09/2015 estava R$ 2,139. Nas semanas seguintes, o valor subiu para R$ 2,140 e R$ 2,169, até chegar a R$ 2,205 nesta semana – um aumento de 1,66% sobre a semana anterior.

*Com informações do Estadão Conteúdo. 

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