A polêmica em torno da parceria entre Botafogo e TelexFree se repete
no Flamengo. O clube rubro-negro anunciou na semana passada acordo com a Herbalife
por 12 meses, mas manteve os valores em sigilo. A marca está divulgada
nos uniformes de treino e também fornece apoio nutricional aos
jogadores. Porém, a empresa é suspeita de funcionar como uma pirâmide
financeira nos Estados Unidos.
A Herbalife está sendo
investigada por três promotorias e pelo FBI, mas assegurou aos
dirigentes do Flamengo que as acusações não procedem e a questão está
resolvida com os interessados nos Estados Unidos. Por sua vez, o
Rubro-negro optou por não comentar o caso.
Internamente, a
administração Bandeira de Mello não teme prejuízo financeiro e de
produtos disponibilizados pela empresa. Independente dos desdobramentos,
a parceria deve seguir sem obstáculo ao clube carioca.
A
Herbalife está presente no Brasil desde 1995 - o país é o seu quarto
mercado mais importante - e as investigações começaram após denúncias de
gestores e executivos que envolveram a suposta perda de milhões de
dólares.
O panorama tem suas semelhanças com a relação entre
Botafogo e TelexFree. A empresa foi impedida de trabalhar no Brasil pela
acusação de funcionar como pirâmide financeira. O Alvinegro alegou que
não havia polêmica em razão da parceria funcionar com a base americana.
Entretanto, a mesma deu entrada de falência e um dos diretores foi
preso tentando fugir com um notebook e milhões de dólares em cheque. O
problema não afetou ao Alvinegro, que recebeu R$ 4 milhões de uma vez só
no início da parceria. Segundo o clube, a verba foi destinada para
pagar dívidas de 2013. A marca permanece na camisa até o final deste
ano, quando o contrato assinado será encerrado.
UOL
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