O Papa Francisco pediu nesta segunda-feira (26) em Jerusalém que "nunca
mais" permita um horror como o do Holocausto, "uma monstruosidade" e "um
pecado" da qual os homens devem "se envergonhar". A declaração foi dada
Memorial Yad Vashem, dedicado às vítimas do extermínio de seis milhões
de judeus cometido pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Francisco pronunciou uma oração após saudar sete sobreviventes daquele
genocídio, acender o fogo da memória e rezar perante uma coroa de flores
que lhe apresentaram uma menina católica e um menino judeu.
Como em uma oração, cercado pelas enormes pedras do imponente
monumento, o pontífice pediu com um tom emocionado: "Senhor, nosso Deus,
salve-nos desta monstruosidade".
"Recorde-se de nós em tua misericórdia. Damos graça por nos
envergonhamos do que, como homens, fomos capazes de fazer, por nos
envergonhamos desta máxima idolatria, de termos desprezado e destruído
nossa carne, esta carne que tu modelaste do barro, que tu vivificaste
com teu sopro de vida", clamou.
O Papa está no último dia de uma visita de três dias à Terra Santa. Ele já passou por Amã, na Jordânia, e Belém, nos Territórios Palestinos.
Em Jerusalém,
o pontífice já esteve nesta segunda na Esplanada das Mesquitas,
terceiro lugar mais sagrado do Islã, e coração do conflito de décadas
entre israelenses e palestinos, e no muro das Lamentações, o lugar mais
sagrado do Judaísmo, situado no coração do centro antigo de Jerusalém,
ao qual se aproximou para deixar uma oração.
G1 RN
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