quinta-feira, 22 de maio de 2014

Polícia reconstitui morte de dançarino nesta quinta-feira

Vítima. DG no programa “Esquenta”

A polícia fará, nesta quinta-feira, a reconstituição da morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, encontrado morto com um tiro na manhã de 22 de abril, no Morro do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. O delegado Gilberto Ribeiro, titular da 13ª DP (Copacabana), espera concluir as investigações após a realização da simulação, que deverá revelar detalhes do crime ainda não esclarecidos. DG era dançarino do programa “Esquenta”, da Rede Globo.
— O que eu posso dizer é que temos uma linha de investigação consistente — afirmou o delegado.
A partir da reconstituição, a polícia deverá chegar ao autor do disparo que matou DG. Segundo o delegado, o crime deixou “algumas evidências”. Dos nove policiais que participaram da troca de tiros com traficantes do Pavão-Pavãozinho, durante a qual o dançarino foi baleado, seis confirmaram ter feito disparos.
Com a reconstituição, a polícia também pretende desvendar o passo a passo do que aconteceu no momento do crime. Documentos do Disque-Denúncia, anexados ao inquérito, confirmam que os PMs foram ao local após receber informações sobre a possível presença do traficante Adauto do Nascimento Gonçalves, o Pitbull, na favela. Em seus depoimentos, os policiais militares declararam que foram recebidos a tiros. A primeira perícia, na manhã do dia 22 de abril, também concluiu que houve tiroteio.
Uma das possibilidades apontadas é que, quando começou o tiroteio, DG deixou uma laje, saltando para o telhado de uma construção ao lado, sendo atingido no meio do pulo. Mesmo ferido, teria alcançado o outro lado, mas, ao tentar descer para uma creche, teria caído.
Após o corpo ser encontrado, moradores da favela fizeram um protesto. Barreiras no acesso ao morro foram incendiadas. Houve reação da polícia, com 40 minutos de tiroteio. O pânico se espalhou, provocando o fechamento de uma estação do metrô e das principais ruas de Copacabana. Um homem foi morto.
Vão participar da reconstituição policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core), peritos da Divisão de Homicídios e agentes da 13ª. O trabalho deve levar cerca de dez horas.

EXTRA GLOBO

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