A polícia fará, nesta quinta-feira, a reconstituição da morte do
dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, encontrado morto com um
tiro na manhã de 22 de abril, no Morro do Pavão-Pavãozinho, em
Copacabana. O delegado Gilberto Ribeiro, titular da 13ª DP (Copacabana),
espera concluir as investigações após a realização da simulação, que
deverá revelar detalhes do crime ainda não esclarecidos. DG era
dançarino do programa “Esquenta”, da Rede Globo.
— O que eu posso dizer é que temos uma linha de investigação consistente — afirmou o delegado.
A
partir da reconstituição, a polícia deverá chegar ao autor do disparo
que matou DG. Segundo o delegado, o crime deixou “algumas evidências”.
Dos nove policiais que participaram da troca de tiros com traficantes do
Pavão-Pavãozinho, durante a qual o dançarino foi baleado, seis
confirmaram ter feito disparos.
Com a reconstituição, a polícia
também pretende desvendar o passo a passo do que aconteceu no momento do
crime. Documentos do Disque-Denúncia, anexados ao inquérito, confirmam
que os PMs foram ao local após receber informações sobre a possível
presença do traficante Adauto do Nascimento Gonçalves, o Pitbull, na
favela. Em seus depoimentos, os policiais militares declararam que foram
recebidos a tiros. A primeira perícia, na manhã do dia 22 de abril,
também concluiu que houve tiroteio.
Uma das possibilidades
apontadas é que, quando começou o tiroteio, DG deixou uma laje, saltando
para o telhado de uma construção ao lado, sendo atingido no meio do
pulo. Mesmo ferido, teria alcançado o outro lado, mas, ao tentar descer
para uma creche, teria caído.
Após o corpo ser encontrado,
moradores da favela fizeram um protesto. Barreiras no acesso ao morro
foram incendiadas. Houve reação da polícia, com 40 minutos de tiroteio. O
pânico se espalhou, provocando o fechamento de uma estação do metrô e
das principais ruas de Copacabana. Um homem foi morto.
Vão
participar da reconstituição policiais da Coordenadoria de Recursos
Especiais da Polícia Civil (Core), peritos da Divisão de Homicídios e
agentes da 13ª. O trabalho deve levar cerca de dez horas.
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