O torcedor
que estiver descontente com o elenco do Palmeiras para o centenário não
deve sonhar com mudanças significativas. Ainda fiel aos contratos de
produtividade e à contenção de gastos, Paulo Nobre tenta encontrar um
técnico que não custe tanto, mas com qualidade para levar o grupo atual a
posições mais altas no Brasileiro. As opções para substituir Gilson Kleina são as mais variadas.
O
presidente busca um rumo de sucesso em seu último ano neste mandato.
Ainda sonhando com reeleição em dezembro e deseja resultados
positivos sem comprometer demais as endividadas finanças
palmeirenses, o dirigente, acusado de colocar R$ 80 milhões do bolso em
empréstimos pessoais repassados ao clube, traça um técnico ideal que
não extrapole seu orçamento.
Vanderlei Luxemburgo é o nome
mais pedido por conselheiros e conta com o aval não só de Nobre, mas
também do diretor executivo José Carlos Brunoro. Os dois, contudo, sabem
que a rejeição ao treinador dentro e fora da área social do Palestra
Itália ainda é grande. Pesa também a possibilidade de o desempregado,
porém renomado treinador, pedir um salário alto demais.
O Verdão
terá que pagar até três salários a Kleina como parte do acordo de
rescisão enquanto o técnico não encontrar outro clube, em valor que
chega próximo dos R$ 900 mil. A ideia é encontrar alguém que receba, no
máximo, algo similar ao ex-técnico do time. Neste perfil, Ney Franco,
atualmente no Vitória, é visto com bons olhos.
Na lista de opções,
ainda aparece Dorival Júnior, que está sem clube e tem como trunfo ter
jogado no Palmeiras e, principalmente, ser sobrinho do ex-volante Dudu,
um dos principais ídolos da história do clube. Com base na empatia com a
camisa alviverde, também são cogitados o ex-lateral direito Arce, hoje à
frente do paraguaio Cerro Porteño, e o ex-atacante Evair, que fracassou
recentemente no River, do Piauí.
Independentemente de quem for, o substituto de Kleina precisará de
paciência para que deficiências antigas no plantel sejam resolvidas.
Nobre busca, principalmente, substitutos para Henrique e Alan Kardec e
ainda um lateral direito, mas não abre mão de só trazer quem aceite um
salário fixo mais baixo com premiações maiores de acordo com sua
frequência em campo.
“Estamos sempre
atentos a jogadores do Brasil ou de fora e continuaremos fazendo isso,
sem medir esforços para trazer jogadores com a preocupação em fortalecer
o elenco. Mas seguindo sempre o respeito com as finanças do clube. O
conceito de produtividade é uma realidade no Palmeiras e não é de hoje”,
avisou.
O novo treinador será ouvido, mas pode não receber
exatamente quem pedir. “Temos consciência de onde o elenco precisa ser
reforçado. Quando chegar o novo técnico, vamos ver se enxerga da mesma
forma. O que queremos é lhe dar material suficiente para fazer um bom
trabalho”, discursou o presidente.
GAZETA ESPORTIVA
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