O Fantástico divulgou na noite deste domingo as últimas conversas entre os pilotos do avião de Eduardo Campos com a torre de controle de Santos. Na gravação, tudo parecia ocorrer dentro da normalidade, até que o comandante avisa que terá de arremeter por conta do mau tempo. Depois disso, o operador de rádio chama o avião por 10 vezes e não recebe resposta. Pouco depois, o jato caiu, matando todos que estavam a bordo. Na Base Aérea de Santos, a preocupação aumentava, como mostra um vídeo gravado lá dentro. “O jatinho está desaparecido. São Paulo não sabe, não pousou em Itanhaém”, diz um militar, funcionário da base. Ele estava conversando com assessores do partido de Eduardo Campos, o PSB, que esperavam o jato chegar.
Próximo dali, no bairro do Boqueirão, em Santos, câmeras de segurança registravam o destino do Cessna. Na queda, peças do avião voaram por toda a vizinhança. Em uma foto deu para ver como ficaram as turbinas. Uma delas entrou entrou em um apartamento, arrebentou a parede da cozinha e da sala. O Fantástico teve acesso a apólice de seguro do avião, que garante essa cobertura. É a mesma que está com a Justiça. O seguro prevê US$ 50 milhões, cerca de R$ 120 milhões, para vítimas.
“Vítimas que perderam seus entes queridos no acidente e também as vítimas que tiveram prejuízo material, que são as pessoas das casas da cidade de Santos”, diz Thiago Lacerda Nobre, procurador da República, Ministério Público Federal. A apólice vence em dezembro de 2014. Está em nome da AF Andrade, uma empresa do setor agrícola que, em 2010, arrendou o avião. Ou seja, não era de fato a proprietária até que terminasse de pagar as parcelas para a fabricante Cessna.
BLOG DE ROBSON PIRES
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