domingo, 5 de abril de 2015

Vítimas do acidente de lancha próximo à Boca da Barra não usavam colete salva-vidas

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Diego Hervani

Repórter

A real causa do acidente com a lancha “Miss Mares”, que afundou na quinta-feira (2), após colidir com a chamada “Pedra da Boca”, nas proximidades da Fortaleza dos Reis Magos, ainda é desconhecida. Entretanto, de acordo com o Corpo de Bombeiros, mãe e filho que morreram no acidente não estariam usando coletes salva-vidas.

Os mortos foram identificados como Iracema Pezolito, de 70 anos, e o filho dela Alcimar Pezolito, de 46. Os dois estavam com mais outras quatro pessoas na lancha que naufragou por volta das 18h. Os outros ocupantes da embarcação conseguiram sobreviver. A família era de Guarulhos, município da região metropolitana de São Paulo. Segundo o capitão Marcos Miranda, do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, as vítimas estavam sem o colete salva-vidas no momento em que os corpos foram resgatados.

“Inicialmente a informação que nos chegou era de que todos estavam utilizando o colete. Por isso fizemos uma operação com a esperança de que os dois ainda estivessem vivos, mas perdidos no mar e com risco de ter hipotermia. Porém, já durante a madrugada, por volta das 2h, encontramos a mulher na praia de Santa Rita, ela já estava sem o colete. O corpo do homem foi encontrado já na parte da manhã e estava preso na cabine da embarcação. Ele também estava sem o colete”.

Alcimar Pezolito. Foto: Facebook/Reprodução

Em comunicado oficial, a Capital dos Portos informou que instaurará um inquérito para investigar as causas do acidente. “A Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte (CPRN) informa que, por volta das 18h40 de quinta-feira (2), tomou conhecimento de um acidente envolvendo a embarcação Miss Mares, nas proximidades da Fortaleza dos Reis Magos, com seis pessoas a bordo. Quatro das seis vítimas foram resgatadas logo após o acidente e os dois outros tripulantes encontrados sem vida. A Capitania participa que instaurará o competente Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo acidente, com prazo de conclusão de 90 dias”.

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Embora ainda não se tenha um conhecimento do que motivou o acidente, o capitão Marcos Miranda apontou uma possibilidade. “Todos os pilotos precisam conhecer os sinais que são utilizados no mar. Existe uma sinalização verde e uma vermelha. Os pilotos precisam navegar no meio dessas bandeiras. Possivelmente o piloto da embarcação não obedeceu essa sinalização”. Outro fator que pode ter contribuído para o naufrágio é a condição do mar naquela região. “Eu não tenho como falar da condição do mar no horário do acidente, pois só recebemos o chamado 30 minutos depois do ocorrido. Mas sabemos que aquela região é perigosa. É preciso ter um cuidado muito grande”.

As condições atrapalharam até mesmo o resgate dos corpos. “A maior dificuldade foi no momento de resgatar o corpo do homem. Não sabíamos exatamente onde ele estava. Precisamos mandar os mergulhadores no momento e local exato, pois existia o risco da maré jogar o corpo do mergulhador contra as rochas e ele desmaiar. Ainda tinha a questão dos destroços, pois a embarcação não ficou presa na rocha, mas sim batendo o tempo todo. Felizmente, tudo ocorreu da melhor maneira possível”.

Durante as buscas, os bombeiros chegaram a utilizar o aparelho que identifica o calor de um corpo, chamado de Imagiador Térmico, bem como o helicóptero Potiguar 01. A Capitania dos Portos também ajudou no resgate.

jornaldefato

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