Uma decisão que poderia evitar milhares de mortes nas estradas pelo Brasil. Ficou para ano que vem a exigência do exame antidrogas para os motoristas de caminhão. O exame pode identificar o consumo de substâncias proibidas nos últimos 90 dias. Esse foi o terceiro adiamento.
O homem deitado no chão é um caminhoneiro. Antes de ser preso ele deixou o caminhão atravessado no meio da BR-153, em Goiânia. Os policiais disseram que o motorista estava totalmente drogado e mal conseguia responder as perguntas.
Policial: Você sabe onde está?
Caminhoneiro: Sei. São Paulo.
Policial: Goiânia.
Um outro homem, que viajava no mesmo caminhão, contou o que os dois usaram.
Policial: Cocaína desde que hora, jovem?
Homem: Desde ontem.
Álcool e direção. Ou drogas e direção. Tanto faz. Isso todo mundo sabe nunca dá certo. E os policiais que trabalham nas rodovias perceberam que entre os motoristas profissionais o consumo tem aumentado a cada dia.
Foi por isso que o Contran, o Conselho Nacional de Trânsito decidiu que o motorista profissional que for renovar a carteira ou tirar a habilitação C, D ou E tem que passar por um teste que aponte se a pessoa usou droga ou não.
“Extremamente importante porque a consequência maior seria a redução gradual dos acidentes provocados por motoristas nesta condição”, acredita o chefe de delegacia da PRF, Vinícius Veiga.
Mas a resolução foi adiada. Os testes devem ser feitos com fios de cabelo, pele, pelo ou unha do motorista. Se ele tiver usado droga até 90 dias antes do exame, o resultado daria positivo.
Paulo Afonso Lustosa representa os empresários do setor de cargas no Centro-oeste, Distrito Federal e Tocantins. Ele acredita que além do teste, outras medidas precisam ser implementadas. “As fiscalizações por parte da Policia Rodoviária Federal, auditoria do trabalho e também um programa que deverá ser implementado pelas empresas, sobretudo as que tem uma quantidade de motoristas considerável, de realizar esses testes na própria empresa”, afirma.
Na primeira resolução, o exame passaria a ser obrigatório em julho de 2014. Depois, a medida passaria a valer em março deste ano. Uma terceira resolução estipulou como prazo abril. O último adiamento deixou a obrigatoriedade do exame para 1º de janeiro do ano que vem. O Denatran disse que a decisão foi para estudar melhor como vai ser feito o exame.
G1
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